Vencer o “Miss Akimatsuri” foi duplamente especial para Marianne Mary Miyashita. Primeiro pela visibilidade e a oportunidade de impulsionar a carreira de modelo. Segundo pelo fato de ter voltado a ter mais contato com a cultura japonesa. Agora, ela que tem 19 anos e cursa Engenharia de Produção na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), quer aproveitar o reconhecimento, principalmente por em julho participará do concurso nacional Miss Nikkey, que acontece durante o Festival do Japão, na Capital, em São Paulo.
Aos 14 anos de idade, Marianne, que sempre teve o sonho de modelar, iniciou sua carreira. No começo, como ela mesma diz: ‘tudo parecia ser muito fácil’. “Mas depois vi que não era bem assim. Ouvi muitos nãos e me deparei com outros obstáculos. Por isso, minha mãe começou a me incentivar a investir mais nos estudos e foi isso que eu fiz”, conta.
Hoje ela ainda segue a carreira de modelo, mas a prioridade é o curso universitário. Tanto que ela quase desistiu do “Miss Akimatsuri”. “O horário dos ensaios para mim era complicado, estava perdendo as aulas. Mas um amigo disse que a gente sempre tem que fazer escolhas e resolvi seguir meu coração. Sempre quis ser ‘Miss’”, aponta a jovem.
“Não confiava neste resultado e o concurso me ajudou muito a superar alguns tabus, como a timidez” revela Marianne, que também se surpreendeu com o clima nos bastidores. “As meninas todas eram muito bacanas. Dá vontade que todas vençam”.
Até este ano, Marianne ainda não tinha tido também a chance de conhecer a Festa do Akimatsuri. “Sabia, mas era muito longe. Fiquei impressionada com o tamanho e a repercussão dela”.
Descendência
Apesar de não ter muitos traços orientais, Marianne é neta de japoneses e quando criança morou no Japão. “Fui antes de completar um ano de idade e só retornei para o Brasil aos oito anos. Então, participar do Akimatsuri é relembrar parte da minha infância” diz a modelo que praticou dois anos judô em busca da disciplina oriental.