Mogi das Cruzes é um município brasileiro do estado de São Paulo, na região metropolitana da capital do estado. A população em 2010 segundo o Censo demográfico é de 387.241 habitantes, o que resulta em uma densidade demográfica de 533,90 hab/km².
Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa este topônimo deveria ser grafado Moji pois prescreve-se o uso da letra “j” para a grafia de palavras de origem tupi-guarani. O nome vem do tupi M’Boiji (ou M’Boîj), Rio das Cobras (referindo-se ao Tietê, o qual em seu alto curso cruza o município). Ao longo dos anos, a grafia M’Boijy foi alterada para Boigy, depois para Mogy, Mogi e finalmente para Moji. Na ortografia da língua portuguesa, prescreve-se o uso da letra “j” para palavras de origem tupi-guarani. Assim, tanto o dicionário Houaiss como o IBGE usam a grafia Moji. Historicamente, no entanto, o uso mais comum, apoiado pela administração pública e pela imprensa é Mogi para o nome da cidade. Dois outros municípios que usam o nome de Mogi são Mogi Guaçu e Mogi Mirim.
Foto: Henrique Boney – Wikipedia
Mogi das Cruzes começou como um povoado, por volta de 1560, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo, entre eles Brás Cubas. Gaspar Vaz Guedes foi responsável pela abertura da primeira estrada entre à Capital e Mogi, iniciando o povoado, posteriormente elevado à “Vila”, com o nome “Vila de Sant’Ana de Mogi Mirim”. O fato foi oficializado em 1º de setembro de 1611. Em 13 de março de 1865 foi elevada à cidade, e em 14 de Abril de 1874 à comarca.
Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de japoneses e seus descendentes (aproximadamente 8% segundo a prefeitura), que já estão em sua terceira geração no município. Além disso, o município possui uma considerável população nordestina, sendo que a maioria veio para Capital e depois mudaram-se para Mogi das Cruzes em busca de qualidade de vida.
Mogi das Cruzes situa-se a uma altitude média de 780 metros. Seu ponto mais alto é o pico do Urubu, localizado na serra do Itapety. O município é cortado por duas serras: a serra do Mar e a serra do Itapety e ainda pelo rio Tietê. Em seu território se encontram duas represas que fazem parte do Sistema Produtor do Alto Tietê, os reservatórios de Taiaçupeba e do rio Jundiaí.
O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20°C, sendo o mês mais frio julho (média de 15°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1.300 mm.
Foto: Henrique Boney – Wikipedia
Mogi das Cruzes está situada na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. O ponto de referência é o marco zero, um obelisco instalado na Praça Coronel Almeida, em frente à Igreja Matriz Catedral Sant’Ana.
• Latitude: -23º31’23.7″ sul.
• Longitude: -46º11’31.2″ oeste.
• Altitude: 742 metros acima do nível do mar.
Os limites são Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste, Itaquaquecetuba a oeste e Arujá a noroeste.
Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior município em área da Grande São Paulo, com 725 km².
• Branca: 52,1%
• Negra: 4,2%
• Parda: 28,8%
• Amarela: 14,8%
• Indígena: 0,1%
(Fonte: IBGE)
• População total: 455.857 (estimativa 2021)
• Densidade demográfica (hab./km²): 544,12 hab/km² (2010)
• Escolarização 6 a 14 anos: 97,7 % (2010)
• IDH: 0,783 (2010)
• Mortalidade infantil: 10,19 óbitos por mil nascidos vivos (2020)
• Receitas realizadas: 1.496.004,06 R$ (×1000) (2017)
• Despesas empenhadas: 1.450.291,41 R$ (×1000) (2017)
• PIB per capita: R$ 37.632,19 (2020)
(Fonte: IBGE)
Atualmente duas empresas operam o sistema de ônibus urbano municipal, a CS Brasil e a Princesa do Norte, no Sistema Integrado Mogiano, o SIM, que é uma integração tarifária entre as linhas, através de um cartão eletrônico e dois terminais urbanos, o Terminal Central, que se interliga a Estação Mogi das Cruzes da CPTM e o Terminal Estudantes, que fica próximo da estação de mesmo nome, também da CPTM e das Universidades da cidade.
Também faz parte da Area 4 da EMTU, com o Consórcio Unileste, com linhas intermunicipais, que liga a cidade com as demais cidades da região do Alto Tietê e com a capital.
Há ainda os ônibus rodoviários que partem do Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, para a capital e litoral, além de outros estados.
O município é cortado e servido pelas seguintes rodovias estaduais:
• SP-39 Estrada das Varinhas (Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves);
• SP-43 Estrada da Quinta Divisão;
• SP-66 Estrada Velha São Paulo-Rio e Mogi-Guararema (Rodovia Henrique Eroles);
• SP-70 Rodovia Ayrton Senna;
• SP-88 Mogi-Dutra (Rodovia Pedro Eroles) e Mogi-Salesópolis (Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura);
• SP-98 Mogi-Bertioga (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro);
• SP-102 Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira.
O município é servido pelos trens da Linha 11 da CPTM da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e conta com quatro estações ferroviárias:
• Estação Jundiapeba (distrito de Jundiapeba);
• Estação Brás Cubas (distrito de Brás Cubas);
• Estação Mogi das Cruzes (centro);
• Estação Estudantes (acesso às universidades mogicruzenses, ao Mogi Shopping e ao terminal rodoviário).